quarta-feira, 30 de junho de 2010

SINTESE DOS MESES DE MAIO E JUNHO - TURMA DA MANHÃ

Após um longo e tenebroso inverno, voltamos a atualizar nosso blog...esse foi um período lotado de mudanças no grupo. Vamos por partes.

A maioria das fotos de todo esse período já está em nosso picasa!

FINAL DAS EXPERIMENTAÇÕES.

Em abril aconteceu mais uma visita técnica do CENPEC, que acabou servindo também para nossa equipe avaliar como estavam indo as práticas dos jovens pela cidade. De modo geral, houve uma satisfação geral com os grupos de Teatro, Academia de Ciência, Fotografia e Grafite. As queixas maiores concentraram-se no grupo que experimentou a Estamparia (vale lembrar que era o maior grupo e também que parte dele não conseguiu se organizar para as idas ao centro) e a proposta do Tíde Setúbal (aqui avaliamos que o fato de alguns jovens terem ido para lá sem ter sido sequer segunda opção pesou).

Nesse ínterim, notamos que alguns jovens criaram uma ligação ainda maior com o Programa; por outro lado rolaram alguns distanciamentos. Penso que as experimentações de alguma forma colaboraram em ambos os processos, visto que foi um momento de chamada para maiores responsabilidades e possibilidades(que às vezes assustam!).


MUNDO DO TRABALHO.

Nesse período nosso grupo aprofundou a temática do Mundo do Trabalho. Rolou uma feliz simbiose entre as discussões no CENPEC e as oficinas do JADE (Ação Educativa). Desse modo, alguns momentos foram marcantes.

A palestra do pessoal do Formare ocorreu bem perto da apresentação do Pombas Urbanas. Aproveitamos a diversidades dos “discursos” apresentados para problematizar com o grupo alguns tabus em relação à temática. É necessário ter inglês para arrumar um “bom emprego”? Qual a roupa ideal para ser “bem sucedido em uma entrevista”? Existe oportunidade para todos no mercado?

Essa reflexão foi “encerrada” mais a frente com o encontro promovido pela Ashoka no CEU Lajeado. Embora a presença dos jovens tenha sido decepcionante, os momentos de trabalho em grupo foram bem avaliados.

Essas indagações, aliadas a dinâmicas e vídeos levou o grupo a se repensar dentro desse mundo. Por coincidência, logo após esse período, uma de nossas jovens mais participativas teve que deixar o Programa para trabalhar como telemarketing: era o peso da realidade dessa juventude bem a frente de nossos olhos...valeu, Nat!


NOVOS CANTOS, NOVOS JEITOS...

Dentro dessa idéia de “se achar” na cidade, propomos algumas maluquices ao grupo. A primeira delas foi dividir a turma e mandá-los para alguns pontos da cidade, segundo alguns territórios do Programa.

Foram exploradas a Estação Ciência, a Câmara Municipal, a USP e a região do HC.
A avaliação foi muito bacana. A fala mais forte foi a de aprender o caminho: já que o educador não estava, não tinha como desta vez não reparar no trajeto, não prestar atenção para onde ia...e isso causou orgulho e medo ao mesmo tempo...rs..

Outros reclamaram do local escolhido, dizendo que as pessoas eram estranhas (USP) ou que não podiam bater foto (INCOR). Então discutimos a questão da “vocação” de cada local, de sua história e das outras cidades que existem dentro da cidade. São Paulo não acaba em São Paulo.
Nessa mesma época, fizemos uma exploração mais dirigida ao Centro Cultural Banco do Brasil. O resultado do trabalho do grupo já foram postados anteriormente.

Uma temática que apareceu a partir de explorações foi a dos Direitos. Inspirados em parte pelo filme “A vida de David Gale” e “Zuzu Angel”, visitamos o Memorial da Resistência, que causou até certa emoção em alguns jovens (de quebra, conhecemos um pouco da obra de Andy Wahrol, que estava em exposição no mesmo prédio!).

A reflexão posterior passou pelo ECA e pela simulação de um julgamento de crimes polêmicos. Foram semanas produtivas e intensas, ainda que com a ausência (às vezes desanimadora) de parte dos jovens.

O Direito à Educação, inclusive, era um dos pontos que apareceram nas exposições do Memorial da América Latina. Nossa passagem por lá rendeu discussões forte sobre religião e preconceitos(os símbolos de alguns países incomodaram alguns jovens de origem evangélica, e a conversa com isso foi longa...)


PENSANDO EM PROJETOS

Iniciamos um aprofundamento na questão dos projetos dos jovens e nos caminhos para chegarmos até eles. Levamos alguns exemplos mais gerais (VAI, PROAC, Pontos de cultura) e fomos recortando cada pedaço, dialogando com cada turma para adequarmos as idéias e viagens aos parâmetros pedidos.

Dentro disso, as explorações tiveram seu papel. A visita ao Centro Cultural Vergueiro nos ajudou a re-pensar o uso de espaços públicos e de como uma série de linguagens agem simultaneamente ali. De fato, o grupo se encantou com a estrutura do CCSP, principalmente com as bibliotecas e com o trabalho com os deficientes visuais.

A obra de Flávio de Carvalho no MAM nos fez retomar algumas discussões a respeito de projetos de cidade. Chegamos a criar cidades imaginárias e a pensar como seria a cidade sem alguns elementos tão “nossos”, como trânsito e cimento...a visita só não foi mais produtiva em virtude da dificuldade de alguns jovens de compreender a necessidade de atenção à monitoria sempre nota 10 do MAM....

Esse olhar foi concluído com chave de ouro. Atravessamos a cidade para conhecer o Centro Cultural da Juventude. Fomos muitíssimos bem recebidos pela Fernanda, que nos apresentou cada canto abriu uma discussão sobre linguagens e projetos jovens. De quebra, ganhamos um material de primeira, que inclui cd’s musicais e um guia de projetos.

Já no Centro Cultural Arte em Construção, na Cidade Tiradentes, conhecemos melhor a trajetória do grupo Pombas Urbanas e sua atuação exemplar com uma gama de projetos. De fato, colocar o pé no chão do grupo torna a visão de suas peças bem mais lúcida. Deu até um certo orgulho nos jovens perceber que aqui pertinho de Guaianases existem iniciativas ta sólidas e inspiradoras...

Agora é bola pra frente porque é hora de entregar os projetos e enfrentar as bancas!

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